O tempo de contribuição ao INSS é um do elementos mais importantes que são levados em consideração na hora de se aposentar, independentemente de o recolhimento ser feito pelo empregador ou pelo próprio cidadão, com o pagamento da guia individual (GPS).

É importante estar atento a quanto tempo você já tem de contribuição para conseguir se organizar para a aposentadoria, a fim de não ter surpresas quando você achar que já pode se aposentar e for fazer a solicitação.

Mas como calcular o tempo de contribuição necessário para se aposentar? Descubra a seguir!

Como funciona a contagem do tempo de contribuição para a aposentadoria?

Primeiramente, é preciso ressaltar que, após a Reforma da Previdência, de novembro de 2019, uma mudança crucial nas regras do tempo de contribuição necessário para se aposentar diz respeito a como é feita a contagem desse período.

Antes da Reforma, ou seja, até o dia 13 de novembro de 2019, o tempo de contribuição era contado em dias. Mas, a partir de 14 de novembro de 2019, ele passou a ser contado em meses, que chamamos de “competências”.

Você pode estar se perguntando: o que isso muda, na prática, na hora de calcular o tempo de contribuição? E, na realidade, isso pode influenciar bastante o cálculo. Para explicar melhor, veja o exemplo abaixo.

Digamos que Laura, uma assistente de enfermagem, tenha precisado tirar uma licença não remunerada durante 10 dias em determinado mês. Como seria contabilizado o tempo de contribuição dela nesse período?

Segundo a regra pré-reforma, seriam contabilizados no cálculo apenas 20 dias de contribuição (30 dias do mês, menos os 10 de ausência). Já após a Reforma, esses 10 dias a menos não fariam diferença, pois seria contabilizada a contribuição daquele mês, ou competência, ou seja, 30 dias.

Mas é importante notar que, para que a contribuição por competência seja computada, é preciso que o salário de contribuição desse mês seja maior que o limite mínimo estabelecido. Esse limite é o salário mínimo vigente ou o valor do piso da categoria profissional, nos casos em que isso se aplique.

Portanto, no exemplo da Laura, acima, digamos que ela receba R$ 3.000,00 ao mês. Ao se ausentar por 10 dias com licença não remunerada, o salário dela naquele mês será proporcional aos dias trabalhados, ou seja, R$ 2.000,00.

Para fins de cálculos do INSS, esses R$ 2.000,00 serão também o salário de contribuição dela no período. E como o valor está acima do salário mínimo vigente (R$ 1.212,00 em 2022), ela terá a contribuição da sua competência computada normalmente.

Agora, se o salário da Laura fosse, por exemplo, de R$ 1.500,00 ao mês, o salário de contribuição dela acabaria sendo, naquele mês, de R$ 1.000,00. Portanto, estaria abaixo do valor do salário mínimo e aquele mês, ou competência, não seria contabilizado no cálculo para a aposentadoria.

E como é feito o cálculo com o tempo de contribuição?

Para fazer o cálculo de quanto tempo você ainda precisa contribuir com o INSS para se aposentar, é necessário ter em mãos os comprovantes de contribuição. Para isso, basta emitir seu extrato de contribuições registradas no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).

Você pode fazer a consulta de maneira totalmente virtual, pelo site do Meu INSS ou aplicativo, disponível para Android e iOS.

Veja o passo a passo:

1. faça o login no Meu INSS clicando em “Entrar com gov.br” (caso ainda não tenha cadastro, ensinamos como fazer neste link);
2. em “Outros Serviços” selecione a opção “Extrato de Contribuição (CNIS)”;
3. na página seguinte deverão aparecer todas as empresas em que você trabalhou e você poderá acessar em cada uma a relação dos recolhimentos por ano e mês para visualização;
4. para emitir o seu extrato, selecione ao final da página a opção “Baixar PDF”;
5. a seguir, selecione a opção “Relações Previdenciárias e Remunerações” e clique em “Continuar” – o PDF do extrato será baixado.

Está feito! Com o extrato de contribuições em mãos, você terá acesso a todas as contribuições feitas pelas empresas em que trabalhou ao longo da sua vida profissional até então.

Nesse momento, é interessante, caso seja possível, contar com a ajuda de um advogado especialista em direito previdenciário, que poderá fazer com facilidade os cálculos e o planejamento da sua aposentadoria.

Mas você também pode usar a calculadora virtual que o INSS disponibiliza para fazer o cálculo com todas as suas informações. Ela também está disponível no Meu INSS, via site ou aplicativo.

Confira, a seguir, o passo a passo:

1. faça o login no Meu INSS clicando em “Entrar com gov.br;
2. clique em “Do que você precisa?” e escreva “simular aposentadoria”;
3. confira ou altere seus dados, como data de nascimento ou vínculos, clicando no lápis;
4. em seguida clique em “Recalcular”;
5. você verá o resultado na tela e poderá baixar as informações em “Baixar PDF”.

Seguindo esses passos, o Meu INSS te dará um relatório detalhado de quanto tempo falta para você se aposentar de acordo com cada regra de aposentadoria que se aplique no seu caso, inclusive considerando as regras de transição.

E caso você já tenha alcançado todos os requisitos para se aposentar, haverá um link habilitado no próprio relatório para fazer a solicitação do seu benefício. Basta clicar em “Pedir aposentadoria”. Muito simples, não é mesmo?

Com a aposentadoria, você ainda ganha o direito de solicitar empréstimos consignados, a modalidade de crédito mais segura e com as taxas de juros mais baixas do Brasil.

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