Como declarar empréstimos no Imposto de Renda?

Como declarar empréstimos no Imposto de Renda?

Quer saber como declarar empréstimos no seu Imposto de Renda? Veja tudo neste post!
22.3.2023
13 minutos
Como declarar empréstimos no Imposto de Renda?

Como declarar empréstimos no Imposto de Renda?

O começo do ano geralmente traz um novo vigor para o dia a dia, mas também algumas burocracias e obrigações importantes, como renovar o seguro do carro, pagar IPVA e IPTU, materiais escolares e outras necessidades.

Outra preocupação que passa a ocupar a cabeça das pessoas nessa época é a declaração do Imposto de Renda (IR), que deverá ser entregue, em 2023, entre os dias 15 de março e 31 de maio.

Algumas informações que devem ser preenchidas são mais simples, como dados pessoais – nome, endereço, e-mail, CPF, entrou outros –, mas há dados menos comuns que nem todas as pessoas costumam preencher e que acabam gerando bastante dúvida na hora de fazer a declaração.

Um desses casos é o preenchimento das informações relacionadas a empréstimos do titular da declaração, uma vez que você precisa saber quais os campos corretos para inserir os dados do seu empréstimo especificamente.

Quer saber como declarar empréstimos no Imposto de Renda? Então, fique conosco, pois iremos te mostrar todos os passos!

Quem precisa declarar empréstimos no IR?

Primeiramente, é importante que você saiba que nem todo mundo que fez um empréstimo precisa, necessariamente, declará-lo no Imposto de Renda.

A declaração de empréstimos, inclusive consignados, é obrigatória apenas para quem contratou ou quitou mais de R$ 5.000,00 nessa modalidade de crédito no ano anterior.

É importante mencionar também que os contribuintes que se enquadrem nessa regra, mas que sejam isentos de fazer a declaração não precisam se preocupar em declarar.

Como declarar empréstimo no IR?

Anos após ano, fazer a declaração do IR tem se tornado cada vez mais fácil. Isso graças à implementação de tecnologias e ferramentas virtuais que permitem ao contribuinte preencher seus dados sozinho.

Entretanto, ainda há quem se sinta inseguro em fazer o processo por conta própria, ou mesmo pessoas que tenham muitas informações para preencher e, nesses casos, acabam buscando a ajuda de um contador.

Essa é uma ótima opção para quem não quer correr nenhum risco e pode pagar uma ajuda profissional – sempre lembrando que é bom contratar alguém de total confiança, afinal, essa pessoa terá acesso a dados seus que são superimportantes.

Mas, caso você tenha poucos bens e informações para declarar, saiba que é superseguro fazer a declaração sozinho, com bastante atenção, sem pressa e diretamente do conforto do seu lar.

Então, se você escolheu fazer a sua própria declaração do IR, veja a seguir todos os passos para informar os dados referentes a um empréstimo.

1. Escolha a plataforma de sua preferência

Uma ótima notícia é que existem três plataformas virtuais que você pode utilizar para fazer a sua declaração, assim você pode escolher a opção com a qual estiver mais familiarizado.

A primeira, e mais conhecida delas, é baixando o programa IRPF no seu computador. Ele é lançado pela Receita Federal a cada ano com uma versão própria para o IR correspondente.

Quando se aproxima a data de início das entregas da declaração, você consegue baixar o arquivo de instalação do programa neste link. Depois disso, é só instalar em seu computador e começar a usar.

Outra opção que você pode usar para preencher seu Imposto de Renda no computador é o site do e-CAC. Neste caso, você não precisa instalar nenhum programa, o processo é feito totalmente on-line.

Por fim, a opção mais recente e prática é baixar o aplicativo Meu Imposto de Renda no seu smartphone, disponível tanto para Android como iOS. Assim você consegue fazer a sua declaração na palma da sua mão.

2. Selecione o tipo de declaração

Após escolher e acessar a plataforma de sua preferência, será preciso escolher qual tipo de declaração você quer fazer. Você terá três opções disponíveis:

  • Criar Nova Declaração: essa opção é para quem está declarando o IR pela primeira vez ou quer iniciar uma declaração sem preenchimento automático de nenhuma informação. Ou seja, você vai começar com a declaração totalmente em branco.
  • Importar Dados IRPF anterior: caso você já tenha declarado nos anos anteriores e queira aproveitar alguns dados, para não ter quer preenchê-los novamente, essa é a melhor opção. Mas lembre-se de que é bom revisar todos os dados puxados do IR anterior para verificar se algum deles mudou e precisa ser atualizado.
  • Importar Declaração Pré-Preenchida: com essa opção você consegue continuar o preenchimento da declaração caso tenha iniciado em algum outro momento e não tenha finalizado. Para quem tem muitas informações para preencher isso é uma grande vantagem, afinal, você pode ir fazendo o processo aos poucos, sem pressa, pois o que já tiver preenchido ficará salvo.

3. Preencha seus dados pessoais

Depois de escolher o tipo de declaração, informe ou atualize os seus dados pessoais, como nome, CPF e título de eleitor. É sempre bom iniciar revisando esses dados básicos, para não correr o risco de deixar algo desatualizado e se esquecer de voltar a essa seção.

Em seguida, você poderá preencher todas as outras seções do IR com mais calma e na ordem que fizer mais sentido para você, incluindo as informações dos empréstimos que tem.

4. Vá até a seção “Dívidas e Ônus Reais”

A seção em que você deverá incluir os dados do seu empréstimo é a “Dívidas e Ônus Reais” – ela abarca os empréstimos pessoais, consignados e até cheque especial.

Uma coisa que nem todo mundo sabe é que aqui também devem ser declarados empréstimos em caráter informal, como dinheiro emprestado de familiares ou amigos – você verá mais à frente que há uma opção justamente para esses casos.

Também é importante não usar essa seção para consórcios, financiamentos ou empréstimos com garantia, pois essas modalidades deverão ser declaradas na seção “Bens e direitos”.

5. Escolha a categoria do seu credor

Credor é a pessoa ou instituição com a qual você fez o empréstimo. Quando você for declarar, a própria seção de Dívidas e Ônus Reais terá uma série de opções, identificadas com seus respectivos códigos, para você selecionar a categoria correta do seu credor.

Lembrando que ela pode ser desde um banco até um parente seu que emprestou algum dinheiro a você. Veja, na tabela abaixo, as opções disponíveis:

Código Agente financeiro Especificação 
11 Estabelecimento bancário comercial Empréstimos concedidos por bancos.
12 Sociedades de crédito, financiamento e investimento Empréstimos concedidos por financeiras (instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento).
13 Outras pessoas jurídicas Empréstimos concedidos por empresas de outros segmentos.
14 Pessoas físicas Empréstimos concedidos por pessoa física.
15 Empréstimos contraídos no exterior Empréstimos contratados fora do Brasil.
16 Outras dívidas e ônus reais Empréstimos que não se enquadram nas opções anteriores (exceto os com garantia).

6. Descreva as informações do seu empréstimo

Esta etapa exige bastante atenção, pois no campo “Discriminação” você deverá detalhar bem as informações sobre o seu empréstimo. Esse é um campo de texto aberto, ou seja, você não vai selecionar uma opção, mas sim escrever livremente.

Aqui vale contar tudo o que puder sobre o empréstimo, como a motivação para fazê-lo, o número de parcelas, os dados da pessoa ou instituição credora, entre outras informações que julgar relevantes.

Também é preciso informar caso você tenha antecipado o pagamento das suas parcelas, sejam todas elas ou apenas algumas, especificando quantas.

Essas informações são importantes porque a Receita Federal vai analisar toda a sua declaração para ver se os seus ganhos e gastos batem com os valores que você pagou no empréstimo. Às vezes, uma informação que você acha desimportante pode ser o que vai fazer a diferença entre uma declaração correta ou cair na temida malha fina.

7. Coloque os valores do empréstimo

Por fim, há três campos que devem ser preenchidos com valores distintos, relacionados ao seu empréstimo. Veja cada um:

  • “Situação em 31/12/XXXX” (sendo XXXX o ano anterior ao ano-base da declaração – por exemplo, em 2023 você deverá preencher dados do ano-base 2022, e este campo será a respeito de 2021): este campo só deve ser preenchido caso o seu empréstimo esteja em andamento desde o ano anterior ao ano-base da declaração. Aqui você preenche o seu saldo credor naquela data, ou seja, o quanto ainda estava devendo do empréstimo;
  • “Situação em 31/12/YYYY” (sendo YYYY o ano-base da declaração): aqui, você preenche o saldo credor no último dia do ano-base;
  • “Valor pago em YYYY”: por fim, neste campo, você declara o valor total que pagou do seu empréstimo no ano-base da declaração.

Pronto! Agora é só clicar em “OK” e você finalizou a declaração do seu empréstimo no seu Imposto de Renda. Caso tenha mais de um empréstimo, basta repetir a operação quantas vezes for necessário. Ao final, você terá uma lista de todos os seus empréstimos declarados.

Não é tão complicado, certo? Embora a declaração do IR exija bastante atenção e cuidado, declarar seus empréstimos é algo que pode ser feito em poucos passos. Esperamos que agora você esteja mais seguro para fazer o seu Imposto de Renda.

Aqui, no blog do PB Consignado, estamos sempre trazendo dicas e informações para você ficar em dia com as suas finanças, burocracias e organização pessoal. Fique de olho e até logo!

Imagem de uma Mulher sorrindo com a mensagem: Conte com o Empréstimo consignado para quitar suas dívidas.Imagem de uma Mulher sorrindo com a mensagem: Conte com o Empréstimo consignado para quitar suas dívidas.

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