O empreendedorismo feminino no Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos, o que demonstra como as mulheres vêm abrindo espaço na área. Entretanto, segundo a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), de 2022, cerca de 84% das mulheres que empreendem o fazem por necessidade, devido à dificuldade de conseguir emprego ou a uma perda de renda recente.

Portanto, seria um engano dizer que a maioria das mulheres entra no empreendedorismo porque sonham com o próprio negócio, embora, caso tivessem mais oportunidades, com certeza haveria um número muito maior de mulheres que iniciariam o próprio negócio por pura vontade e não necessidade.

Outro agravante no cenário é o fato de que as mulheres têm menos tempo para dedicar a seus negócios, principalmente porque estão muitas vezes submetidas a jornadas duplas ou triplas, conciliando o cuidado com a família e a casa e, não raro, um outro emprego formal além do próprio negócio.

Segundo dados do Sebrae, as mulheres empreendedoras gastam em torno de duas vezes mais tempo diário em cuidados com pessoas da família e com afazeres domésticos, se comparadas aos homens – é um diferença de cerca de 3 horas diárias entre as mulheres e 1,5 hora entre os homens.

Todos esses dados corroboram a necessidade urgente de dar mais apoio ao empreendedorismo feminino, começando pela acesso a formação empreendedora, com cursos e ferramentas que as auxiliem a gerir e manter seus negócios da melhor forma, garantindo a sobrevivência da empresa, um bom retorno financeiro e um empreendimento de sucesso.

Além disso, programas de apoio prático na inclusão das mulheres no empreendedorismo também são necessários, acompanhando-as em todas as etapas da abertura e manutenção de seu negócio.

O Sebrae é uma das instituições que oferece diversas possibilidades, mas outras instituições, como as bancárias e financeiras, também têm programas de suporte específicos para as mulheres que querem ter o próprio negócio.

As mulheres saem fortalecidas e capacitadas desses espaços e, além disso, criam redes de apoio para se ajudarem mutuamente, mantendo contato e até mesmo criando colaborações entre seus negócios.

As pesquisas indicam ainda que, apesar de estarem empreendendo por necessidade, 69% das mulheres acreditam que empreender pode mudar o mundo, o que demonstra que a necessidade de renda não as afasta da ideia de empreender com propósito.

Outro apoio que acaba sendo essencial para muitas mulheres quando estão abrindo ou expandindo seus negócios é conseguir crédito para investir neles. Nesse sentido, é possível buscar linhas de crédito como financiamentos e empréstimos que ajudem essas mulheres a conseguirem o dinheiro necessário para fazer o empreendimento vingar e girar.

O PB Consignado também apoia o empreendedorismo e deseja que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de começar seus negócios perseguindo um sonho, e não apenas por necessidade.

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