Segurança digital é um termo que veio junto com o avanço da tecnologia e, ainda que os idosos não acompanhem todas as mudanças digitais no tempo exato em que acontecem, é necessário que tenham cuidado com sua segurança.

Isso porque o uso constante da internet e até de inteligência artificial (IA) torna muito mais fácil para criminosos aplicarem golpes e fraudes. Assim, continue a leitura e entenda como você pode se proteger, reconhecendo os golpes mais comuns para evitar ser pego de surpresa. Vamos lá?

Os 4 golpes e fraudes mais comuns

Não é de hoje que criminosos tentam aplicar golpes financeiros, sobretudo nos mais velhos, uma vez que os idosos são vítimas frequentes desse tipo de crime.

No entanto, com o avanço de tecnologias como a inteligência artificial, os golpes e fraudes têm se tornado cada vez mais difíceis de serem identificados – e com a criatividade dos golpistas, é necessário estar atento o tempo todo. Confira a seguir os golpes e fraudes mais comuns para saber ao que se atentar.

1.       Golpe do empréstimo consignado

Os criminosos entram em contato por WhatsApp, telefone ou e-mail oferecendo um empréstimo consignado supervantajoso, mas que precisa de um depósito antecipado para ser liberado.

Outra possibilidade é os golpistas se passarem por funcionários de alguma instituição financeira com a qual você tenha algum vínculo e pedirem confirmação de dados pessoais, assim como o envio de uma foto do seu documento. Com isso em mãos, conseguem fazer empréstimos consignados no seu nome.

Esse tipo de golpe também é comum na portabilidade de consignado: os golpistas podem tentar te convencer a levar seu empréstimo para outra instituição, com condições mais vantajosas, mas na realidade você acaba sendo prejudicado.

2.       Golpe da prova de vida do INSS

Hoje em dia, a prova de vida do INSS é feita automaticamente. No entanto, criminosos ainda se aproveitam da insegurança dos idosos, que temem perder seu benefício, para coletar dados durante uma “prova de vida” fraudulenta.

O golpe da prova de vida funciona assim: os criminosos se passam por agentes do INSS e enviam SMS ou entram em contato por telefone solicitando dados dos segurados. Em seguida, com esses dados, fazem empréstimos em nome do beneficiário.

Lembre-se de que o INSS nunca entra em contato por telefone nem faz visitas às residências dos segurados. Caso tenha dúvidas sobre sua prova de vida, entre em contato com o INSS pelos canais oficiais: aplicativo Meu INSS ou central telefônica 135.

3.       Phishing, ou roubo de dados

Phishing, em inglês, quer dizer pescaria – e é isso que os criminosos buscam fazer, “pescando” digitalmente seus dados para, em seguida, usá-los em transações fraudulentas.

O phishing acontece quando a pessoa clica em links fraudulentos e, sem saber, informa seus dados aos criminosos. Seja por e-mail, WhatsApp ou SMS, é necessário ter muito cuidado ao clicar nos links recebidos.

Os criminosos têm enviado mensagens quase idênticas às comunicações oficiais de bancos ou operadoras de cartão de crédito, por exemplo. Assim, busque sempre identificar se o remetente da mensagem é idôneo e, em caso de dúvida, entre em contato com a empresa pelos canais oficiais para confirmar se a mensagem recebida é verdadeira.

4.       Sequestro simulado de um familiar

Outro golpe bastante comum é o de “sequestro” de um familiar, em que o criminoso entra em contato pedindo o pagamento de uma quantia em troca da devolução dessa pessoa.

Antigamente, esse golpe aproveitava da vulnerabilidade das pessoas ao ligar de madrugada, por exemplo, quando a sonolência impedia a vítima de identificar com clareza que se tratava de uma fraude.

Hoje em dia, com o uso da inteligência artificial (IA), é comum que os golpistas roubem as vozes de amigos ou familiares da vítima e, por meio de mensagens de áudio no WhatsApp ou ligações, usem a voz dessa pessoa querida para tentar convencer a vítima a enviar algum dinheiro.

 

4 dicas para aumentar sua segurança digital

Como você viu, hoje em dia é necessário ter muita atenção para evitar os golpes e fraudes mais comuns. Os criminosos estão cada vez mais detalhistas e, com o auxílio da tecnologia, têm conseguido se passar mais e mais vezes por empresas e instituições idôneas.

Por isso, confira a seguir as 4 dicas para aumentar sua segurança digital e não cair em golpes!

1.       Crie senhas seguras

O primeiro passo para aumentar sua segurança digital é criar senhas seguras, pois muitas informações valiosas podem ficar acessíveis caso os criminosos descubram sua senha e consigam acessar suas contas, sejam do banco, de e-mail ou até das redes sociais.

Assim, busque misturar letras, números e caracteres especiais como *, @ e !, além de evitar informações pessoais, como nome dos filhos e datas de aniversário. O ideal é que a senha não tenha relação com a sua vida, mas também seja fácil de ser lembrada. Um exemplo é Melancia@2365*.

2.       Proteja bem o seu celular

O seu celular também contém muitas informações valiosas que, se caírem nas mãos de criminosos, podem significar um grande prejuízo a você e sua família. Assim, proteger o celular é essencial.

O básico é usar uma senha que, como você viu no tópico anterior, deve ser forte. Além disso, também é importante se lembrar de manter a tela bloqueada. Assim, caso seu celular seja furtado, o criminoso terá mais dificuldade em acessar suas informações – caso a tela esteja desbloqueada, o acesso é livre.

Outro ponto importante é ter bastante cuidado com links recebidos e aplicativos, que podem ser fraudulentos. Evite clicar em tentativas de contato de desconhecidos, seja por e-mail, SMS ou WhatsApp e baixe apenas aplicativos idôneos, diretamente na loja de apps do seu celular.

3.       Cuidado com o que compartilha na rede

As redes sociais são uma excelente forma de se manter em contato com amigos e familiares, no entanto, também podem representar um grande risco à nossa segurança.

Isso porque, sem perceber, compartilhamos muitas informações pessoais e sobre nosso dia a dia: imagens que mostram onde você mora, fotos e vídeos de familiares que podem ser manipuladas com a IA, datas comemorativas que podem ser parte de suas senhas.

São muitos os detalhes aos quais os golpistas ficam atentos. Por isso, busque usar as redes sociais com consciência. Se possível, tenha perfis fechados, em que apenas as pessoas que você conhece podem ver as suas postagens.

4.       Crie uma palavra de segurança com seus familiares

Tem se tornado cada vez mais comum receber mensagens no WhatsApp, por exemplo, alegando que seu filho mudou de número por algum motivo específico e precisa de alguma ajuda financeira.

Outra possibilidade são os “sequestros” mencionados anteriormente, quando um golpista rouba a voz de algum familiar seu e, com a IA, manipula para que a mensagem seja apelativa e te deixe preocupado.

Por isso, uma prática simples e eficaz contra esse tipo de fraude é combinar com seus familiares uma palavra de segurança, que funciona como uma senha entre vocês. Assim, caso você receba alguma mensagem ou ligação suspeita, pode pedir que a pessoa diga qual é essa palavra de segurança.

Assim como na senha para seu celular ou suas contas, a palavra de segurança não deve ser relacionada a algo que possa ser descoberto pelas suas redes sociais, por exemplo. Pensem bem e, quando tiverem decidido, não enviem a palavra combinada por WhatsApp, SMS ou e-mail – caso um criminoso tenha acesso a suas contas, também terá acesso à palavra de segurança.

 

A segurança digital deve ser levada a sério. É necessário estar sempre atento para evitar ser vítima de golpes e fraudes. Esperamos que, com nosso post, você tenha uma experiência online mais segura e tranquila.

Para continuar no tema e ficar ainda mais seguro, aproveite para ler 3 dicas essenciais para proteger o seu WhatsApp. Te esperamos lá!