Quanto rende o FGTS?

Quanto rende o FGTS?

Sabia que seu FGTS está rendendo enquanto fica parado? Mas como será que esse rendimento é calculado. Será que vale a pena sacar para conseguir um rendimento melhor. Veja aqui!
14.3.2022
10 minutos
Quanto rende o FGTS?

Quando o assunto é o nosso dinheiro, queremos sempre garantir que estamos tendo o melhor rendimento, não é? Por isso, uma dúvida que pode surgir é quanto rende o FGTS e se vale a pena deixá-lo parado onde está ou sacar o valor e investir em outra modalidade de renda fixa.

Pensando nisso, neste artigo trouxemos informações sobre quanto o FGTS realmente rende, comparativos com outros investimentos e alguns exemplos para você saber se vale a pena realizar o saque.

Como funciona o rendimento do FGTS?

Segundo a Lei nº 8.036 de 11/05/1990, os valores depositados em contas vinculadas ao FGTS serão reajustados monetariamente todo dia 10 de cada mês, considerando uma taxa de juros de 3% ao ano + TR (Taxa Referencial).

No entanto, a partir 1999, a TR se distanciou de índices oficiais de inflação e, desde 2012, está muito próxima de zero – assim, na prática, a conta do FGTS rende 3% ao ano.

FGTS x poupança

Desde 2012, quando houve uma alteração na forma de rendimento da poupança, podemos considerar duas regras:

  1. Se a taxa Selic (taxa básica de juros) está em até 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da taxa Selic + TR (a mesma Taxa Referencial somada ao FGTS, mas vale lembrar que ela está zerada).
  2. Se a taxa Selic estiver maior que 8,5% ao ano, a poupança rende a uma taxa de juros de 6,17% ao ano (0,5% ao mês + TR).

Considerando a data deste artigo, março de 2022, em que a taxa Selic é de 10,75% ao ano, os valores aplicados renderiam de acordo com a segunda regra, ou seja, 6,17% ao ano.

Pensando nisso, com uma taxa Selic maior que 4,30%, o rendimento do FGTS perde para o rendimento da poupança:

  • 70% de 4,30% (taxa Selic) = 3%, o mesmo rendimento do FGTS.

FGTS x CDB

Pensando em um segundo cenário, agora um pouco mais complexo, vamos comparar o rendimento do FGTS com o de um CDB. Mas, para isso, antes precisamos especificar que existem três tipos de CDB no mercado:

  1. CDBs pré-fixados – isto é, rendem a uma taxa fixa de juros.
  2. CDBs pós-fixados – são os CDBs que são indexados a algum índice variável, como o CDI, e, por isso, quando investimos o nosso dinheiro, não podemos saber com certeza qual será o valor exato no resgate.
  3. CDBs híbridos – têm uma taxa de juros fixa e são indexados a algum índice variável.

No primeiro caso, a comparação é um pouco mais fácil: para saber se um CDB é melhor do que o rendimento que você tem na conta do FGTS, basta observar se a taxa de juros é maior que 3% ao ano.

Dependendo do prazo que você pretende deixar o montante aplicado, é possível encontrar CDBs que rendem na casa dos 10% ao ano. Mas atenção: uma vez aplicado, o valor fica preso até o prazo de vencimento – caso precise resgatar antes, você pode acabar perdendo dinheiro. Por isso, pense bastante antes de escolher o seu CDB pré-fixado e analise as opções de rentabilidade e prazo para ver qual mais se encaixa com as suas necessidades.

Já no segundo caso, dos CDBs pós-fixados, a comparação é um pouco menos direta. Como esse tipo de CDB está atrelado a um índice, primeiramente é necessário identificar qual índice é este e, então, ver quanto ele está valendo.

O mais comum é encontrarmos CDBs indexados ao CDI, que é uma taxa praticamente igual à taxa Selic. Assim, os CDBs pós-fixados rendem uma porcentagem do CDI (e, por consequência, da taxa Selic).
Neste caso, considerando a taxa Selic atual, de 10,75%, para um CDB pós-fixado ser mais vantajoso que o rendimento da conta do FGTS, ele precisaria render mais do que 27,9% do CDI – o que é bastante simples, pois é possível encontrar, com facilidade, CDBs pós-fixados com uma taxa de 100% do CDI e liquidez diária (isto é, que podem ser resgatados a qualquer momento, sem necessidade de esperar até o vencimento).

Por fim, no caso de um CDB híbrido, você deve prestar atenção tanto à taxa pré-fixada como ao índice variável, que costuma ser o IPCA. Assim, um CDB híbrido seria algo como 3% ao ano + IPCA – e isso significa que ele renderia 3%, de forma fixa, mais a soma do valor oscilatório do IPCA no período em que o dinheiro ficou aplicado.

Dando um exemplo: considerando que o dinheiro tenha ficado aplicado de janeiro a dezembro de 2021, em que o IPCA acumulado foi de 10,06%, seu CDB híbrido renderia 3% da taxa fixa + 10,06% do IPCA acumulado.

Assim, atentando-se aos prazos de vencimento dos CDBs, é bastante possível conseguir uma rentabilidade melhor do que a da conta do FGTS.

Incidência de Imposto de Renda

Um ponto importante a ser destacado é que, nos valores aplicados em CDBs, sejam eles pré ou pós-fixados ou híbridos, há a incidência de Imposto de Renda (IR) no resgate.

O IR fica retido no momento do resgate, isto é, quando solicitar o saque, você receberá o valor já líquido. O imposto é cobrado apenas sobre o rendimento (os juros recebidos), não sobre o valor inicialmente aplicado, e segue a tabela abaixo:

Tempo de investimento Alíquota do IR
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 360 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

Lembre-se de considerar o IR quando fizer a comparação entre investimento em CDB e o rendimento da conta do FGTS, pois o FGTS é isento de imposto.

FGTS x LCI ou LCA

As LCIs e LCAs têm um funcionamento muito similar ao dos CDBs, também podendo ser pré ou pós-fixadas (indexadas ao CDI) e híbridas (atreladas ao IPCA).

A grande diferença é que o prazo mínimo para um investimento deste tipo é 90 dias (3 meses), enquanto um CDB pode ter liquidez diária. Assim, ao investir em uma LCI ou LCA, você precisa se comprometer a deixar o valor parado por pelo menos 90 dias, caso contrário, pode sair perdendo.

Outra diferença, que é o grande atrativo dessa modalidade de investimento, é o fato de os rendimentos de LCIs e LCAs serem isentas de IR. Portanto, é possível buscar ampliar a rentabilidade sem deixar uma parte do rendimento para trás com o imposto.

FGTS x Tesouro Selic

O Tesouro Selic é uma modalidade de investimento Federal de renda fixa que acompanha a oscilação da taxa Selic e pode ser adquirido pela plataforma do Tesouro Direto.

Ele funciona praticamente como os CDBs, mas, em vez de ser um título privado, é público. Além disso, o Tesouro Selic tem a rentabilidade de 100% da taxa Selic. Assim, para comparar o rendimento da conta do FGTS com a do Tesouro Selic, basta observar quanto está a taxa Selic no momento do investimento.

Dois pontos importantes: o Tesouro Selic segue a mesma tabela de tributação de IR que os CDBs e é cobrada taxa de custódia quando o valor aplicado for superior a R\$ 10.000,00 – assim, dependendo do valor a ser investido, pode não ser tão interessante quanto um CDB ou uma LCI ou LCA.

Vale a pena sacar o FGTS?

Como vimos ao longo deste artigo, considerando o cenário atual em que a taxa Selic está elevada, é possível encontrar opções de investimento mais vantajosas, que trarão rendimentos maiores que os obtidos na conta do FGTS.

Enquanto a taxa básica de juros se mantiver alta, é interessante sacar o FGTS e buscar maximizar seus rendimentos com outras modalidades de investimento.

Em cenários em que a taxa Selic está mais baixa, perto de 2,75%, é mais vantajoso deixar o seu dinheiro na conta do FGTS do que transferi-lo para a poupança, por exemplo.

Depois de descobrir quanto rende o FGTS com o nosso artigo você percebeu que poderia ganhar mais dinheiro investindo em outro lugar? O PB Consignado oferece a antecipação do saque-aniversário do FGTS, para você poder resgatar o seu dinheiro e investir onde quiser.

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