Executivos do setor de saúde têm argumentado que o aumento acelerado na base de clientes idosos tem tensionado ainda mais a crise no mercado dos planos de saúde no Brasil. 

Segundo análise do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o número de segurados com mais de 60 anos em planos de saúde subiu de 3,3 milhões no ano 2000 para 7,3 milhões em 2023, cerca de 14% do total de beneficiários. 

Para os administradores, a solução para equilibrar as contas será, provavelmente, fazer um aumento no preço dos planos. 

Ainda segundo os IESS, atualmente existem cerca de 74 idosos para cada 100 jovens com menos de 15 anos, o que demonstra o rápido crescimento da população idosa no país, muito devido ao aumento da qualidade de vida na melhor idade. 

Como as pessoas em faixas de idade mais avançadas costumam precisar de mais atendimentos de saúde, isso acaba desequilibrando as despesas e receitas dos planos, que se veem forçados a subir os preços para os consumidores. 

As projeções também apontam para o agravamento do cenário a longo prazo, pois, de acordo com a federação das operadoras de planos de saúde (FenaSaúde), até 2031 haverá um crescimento de 47% no número de usuários de planos de saúde com mais de 60 anos. 

Com isso, as despesas dos planos com idosos, que atualmente é de 35%, aumentará para 45%, ou seja, quase metade dos gastos dos planos será com pessoas idosas. 

Embora o aumento dos preços pareça a solução, também é preciso ter cautela, pois isso pode acabar afastando os beneficiários mais jovens que, no fim das contas, equilibram os gastos, pois essa faixa da população paga um pouco a mais, relativamente, do que os idosos. 

Além disso, os altos preços dos planos de saúde já é o maior ponto de reclamação dos usuários no geral, e isso se agrava para os idosos, que muitas vezes contam apenas com a receita de suas aposentadorias. 

Em geral, os planos consomem parcela significativa da renda dos aposentados e as opções mais acessíveis não costumam ter quartos individuais ou reembolso, além de terem rede credenciada limitada a poucas instituições de saúde. 

Para que haja uma limitação no aumento dos preços dos planos de saúde, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) tem apresentado à Agência Nacional de Saúde (ANS) apresentando as crescentes reclamações dos usuários. 

Esse tipo de negociação visa não somente evitar aumentos abusivos nos preços, mas também exigir maior transparência das operadoras em relação aos reajustes periódicos. 

Nós, do PB Consignado, sabemos como pode ser difícil conciliar as despesas na terceira idade, inclusive as mais importantes, como as relacionadas à saúde. 

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