O preconceito em relação ao envelhecimento é uma das grandes barreiras para o bem-estar dos idosos, pois, por um lado, grande parte das pessoas mais jovens não compreendem ou se preocupam tanto com a velhice e, por outro, os próprios idosos muitas vezes acabam se limitando por conta de ideias equivocadas sobre o envelhecimento que se perpetuaram no senso comum há tempos.
Com isso, os mitos acerca do que é envelhecer dificultam as relações entre gerações, geram conflitos e, infelizmente, até mesmo desrespeito e maus tratos dos jovens em relação aos idosos – além do fato de que muitas pessoas na terceira idade deixam de lado muitas realizações que essa fase da vida ainda pode proporcionar.
Pensando em acabar com esse estigma, trouxemos aqui, neste artigo, 8 mitos sobre o envelhecimento, para que as relações com os idosos sejam melhores e que eles tenham uma qualidade de vida melhor e mais plena. Vamos lá!
A generalização sobre o que é ser idoso é uma das maiores barreiras para que os idosos tenham sua autonomia e individualidade respeitadas. É muito comum que essas pessoas passem a ser vistas e tratadas todas da mesma maneira, já que há um imaginário geral sobre a velhice, totalmente baseado em estereótipos.
Entretanto, trata-se exatamente do contrário, pois as pessoas mais velhas acumularam experiências e tiveram muito mais tempo para moldarem sua personalidade e construírem suas convicções. Assim, os idosos devem ser vistos como a versão mais genuína de uma pessoa e devem ser respeitados como tal.
Portanto, é primordial olhar para cada idoso considerando sua história de vida, suas opiniões, gostos e convicções, reconhecendo sua individualidade e dando um tratamento que leve em conta suas especificidades.
Esse também é um mito muito comum e bastante preconceituoso, pois embora um idoso possa estar mais vulnerável em relação à sua saúde, isso não quer dizer que a pessoa está regredindo e que deva ser tratada como criança.
Deixar de encarar os idosos como adultos implica questionar sua autonomia para decidir o que é melhor para si e até mesmo as coisas que gosta e quer ou não quer fazer.
Tomar a frente das decisões e dos cuidados pode ser necessário em casos específicos, em que haja alguma condição de saúde que limite neurologicamente a pessoa – mas isso vale para qualquer idade e, ainda assim, o idoso não deve ser encarado como uma criança.
Todos nós já vimos idosos com saúde de dar inveja por aí, não é mesmo? E isso tem se tornado cada vez mais comum, pois não apenas a medicina segue avançando para que os cuidados com a saúde proporcionem uma melhor qualidade de vida na terceira idade, mas também porque o envelhecimento tem sido mais discutido e as pessoas também têm se dedicado mais ao autocuidado na terceira idade.
Ou seja, é preciso lembrar que, embora seja comum ver idosos com doenças crônicas ou outras condições mais delicadas de saúde, isso não é uma regra. Por isso, é importante olhar integralmente para cada pessoa, entendendo suas capacidades e limitações, a fim de tratá-la pelo que ela é, inclusive reconhecendo seus pontos fortes.
Em decorrência de inúmeros tabus, os idosos muitas vezes são vistos como assexuados, pessoas que não têm mais desejo sexual e que sequer fazem sexo. Entretanto, a vida sexual não só faz parte do cotidiano de muitos idosos como é parte importante de sua saúde.
Expressar e viver a sexualidade é uma característica importante de qualquer ser humano e isso independe da idade. Por isso, é importante não inferir que um idoso já tenha deixado para trás esse aspecto da vida e sempre tratar isso com naturalidade, sem tornar o assunto embaraçoso ou vergonhoso para ninguém.
Continuar trabalhando na terceira idade é uma escolha de cada pessoa, e às vezes uma necessidade. Cada vez mais idosos têm chegado à aposentadoria com energia e vontade de trabalhar e muitos têm voltado ao mercado de trabalho após uma pausa.
Embora ainda haja preconceito por parte de alguns empregadores, o etarismo têm sido cada vez mais discutido e existem até mesmo empresas que abrem espaço especificamente para pessoas mais velhas, reconhecendo sua experiência e entendendo que a diversidade em todos os sentidos pode beneficiar os negócios.
Talvez você não saiba, mas aposentados podem trabalhar com carteira assinada, empreender em um negócio próprio e até mesmo prestar concursos públicos. Então a vida profissional não precisa acabar na aposentadoria.
A menos que algum tipo de necessidade se imponha, como dificuldades financeiras ou se o idoso precisar de cuidados constantes, qualquer pessoa na terceira idade pode morar sozinha e deve ser respeitada caso essa seja sua vontade e isso seja materialmente possível.
Mas é importante lembrar que morar sozinho não deve significar ficar isolado. O isolamento em qualquer idade não é saudável, e é um dos grandes agravantes da depressão em idosos.
Por isso, idosos que vivem sozinhos devem ser estimulados a manter um convívio social com amigos, vizinhos e familiares – e as pessoas no entorno, por sua vez, devem estar presentes e aproveitar a companhia dessas pessoas que têm muito a trocar conosco.
Aqui vale muito a regra de olhar para a pessoa como um indivíduo único, entendendo se ela tem ou não limitações reais que a impeçam de se engajar em práticas esportivas.
Muitas vezes, os próprios idosos não acreditam serem capazes de fazer exercícios físicos, por isso, devem ser estimulados a experimentarem algumas atividades – eles podem se surpreender e só têm a ganhar ao continuar ativos após a aposentadoria.
Algumas opções de exercícios para a terceira idade são:
Nunca é tarde para aprender algo novo, pois temos chances todos os dias. Na terceira idade o aprendizado pode fazer parte da vida tanto na esfera formal quanto na troca de conhecimentos com as pessoas em volta.
Por exemplo, há muitos benefícios em voltar a estudar na terceira idade, assim como existem inúmeros hobbies para idosos – atividades que estimulam essas pessoas a aprenderem algo novo ou melhorarem habilidades que já têm.
Portanto, apoie e dê ideias para que as pessoas na terceira idade se mantenham atualizadas e aprendendo a cada dia, seja fazendo cursos, participando de clubes de livros ou assistindo vídeos online. Manter o cérebro ativo não só melhora a saúde de qualquer pessoa, como também dá uma força para a autoestima na terceira idade.
Percebeu como esses mitos sobre o envelhecimento podem estar limitando a vida dos idosos? Esperamos que este artigo tenha aberto os olhos de jovens e idosos sobre o incrível potencial que as pessoas têm na terceira idade.
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