De maneira geral, chegar à terceira idade significa que é o momento de adaptar sua rotina para atender às necessidades especiais que esse momento da vida exige – e, para muitos, isso pode acabar sendo um fator limitante, que os afasta de situações de convivência, causando isolamento e até depressão.
Contudo, não precisa ser assim: ter bons relacionamentos na terceira idade pode fazer uma diferença enorme para como essa fase é percebida. Continue a leitura e entenda a importância de cultivá-los, além de conferir 4 dicas para manter a socialização em sua rotina. Vamos lá?
Você provavelmente já ouviu que o ser humano é um animal social, e essa ideia vem lá da antiguidade. Para simplificar o conceito filosófico proposto por Aristóteles antes de 300 a.C., podemos apenas dizer que, para a saúde e bem-estar dos humanos, o lado social é imprescindível.
A socialização é importante para que a gente se sinta parte de um grupo, possa compartilhar experiências e trocar ideias sobre nossos desejos, histórias, angústias e momentos felizes. Para a gente, o reconhecimento é uma parte muito importante da vida.
Um exemplo: você já passou por uma situação com uma empresa em que o serviço contratado não foi entregue da forma que você esperava? Ao entrar em contato com o atendimento ao cliente, o profissional pode não ter resolvido seu problema logo de início, mas apenas sentir que você foi ouvido com atenção já te deixa mais tranquilo quanto a uma resolução.
Isso acontece porque, na nossa cabeça, os problemas parecem ser imensos – mas, ao compartilhá-los, sentimos que aliviamos esse peso, seja por deixar parte dele com alguém ou por perceber que ele não era tão grande quanto parecia.
Na terceira idade, é comum que o isolamento se intensifique: você pode ter mudado sua rotina e se afastado das pessoas que faziam parte dela; também é possível que seus amigos estejam lidando com as próprias questões e, por isso, você se sinta deixado de lado.
A maior ocorrência de doenças e problemas de mobilidade, por exemplo, também pode afetar negativamente a socialização do idoso – e, é claro, isso se reflete em sua saúde, de forma geral.
A solidão tem impacto direto em sintomas de depressão, além de poder intensificar a evolução de transtornos mentais como Alzheimer. Sentimentos de ansiedade causados pelo isolamento também podem intensificar a hipertensão e diminuir o bom funcionamento do sistema imunológico, deixando a pessoa suscetível ao desenvolvimento de outras doenças, inclusive crônicas.
Na terceira idade o efeito pode ser ainda pior: o etarismo presente em nossa sociedade frequentemente nos faz classificar os idosos como frágeis, desinteressados e até inconvenientes, deixando-os à margem do convívio social. Ademais, nessa fase a predisposição para o desenvolvimento de doenças já tende a ser maior.
O envelhecimento da população é uma tendência mundial, e muito se fala nele quando o assunto aposentadoria é abordado. No entanto, o fator social também é extremamente importante – afinal, com a população de idosos crescendo, o número de pessoas mais velhas se sentindo sozinhas também pode aumentar.
Algumas iniciativas são tomadas pelo governo, como a criação de Centros de Convivência para Idosos (CCI), que promovem atividades sociais e de apoio emocional.
Além disso, iniciativas privadas também buscam soluções, como os condomínios para idosos, que buscam fornecer espaços adaptados para as necessidades da terceira idade, mas também promover inclusão e socialização.
Cultivar bons relacionamentos na terceira idade é essencial para minimizar os efeitos da solidão, que pode causar ou intensificar sintomas de depressão, ansiedade e até de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Confira a seguir 4 dicas para manter o lado social como prioridade!
Os hobbies são excelentes maneiras de reunir pessoas com interesses comuns, e deles podem surgir novas amizades incríveis.
Seja um clube do livro, aulas em grupo ou esportes coletivos, vale a pena se doar de corpo e mente para alguma atividade que, além de promover a socialização, ainda te ajuda a exercitar a mente e manter o controle sobre coordenação motora e movimentos finos.
Cultivar amizades antigas também é uma forma excelente de espantar a solidão: a pessoa já te conhece de antes e provavelmente acompanhou ou está passando pelo mesmo que você.
Assim, encontrar seus amigos com regularidade, mesmo que por ligações de vídeo, por exemplo, é uma ótima maneira de colocar a conversa em dia, desabafar e trocar experiências, sabendo que tem alguém ali por você.
O voluntariado é outro jeito incrível de manter bons relacionamentos na terceira idade. Como os mais velhos costumam ter mais tempo livre, é possível que se dediquem a causas que vão ao encontro de suas crenças – e o senso de propósito que ajudar ao outro traz é excelente para a autoestima dos idosos, que frequentemente sentem que perderam valor para a sociedade.
A família também tem papel muito importante nos relacionamentos de quem está na terceira idade: com eles, você pode compartilhar lembranças muito queridas e, é claro, criar novas. Você pode contar com sua família quando o assunto é adaptação na rotina, pois com certeza essas pessoas estarão dispostas a fazer pequenas mudanças para te incluir sempre que possível.
Assim, passe tempo de qualidade com eles, seja em almoços aos finais de semana ou mesmo planejando uma viagem de verão inesquecível.
Manter bons relacionamentos na terceira idade é a chave para viver essa fase da vida com alegria e cercado de pessoas queridas. Além disso, conviver com o outro te dá referências de como lidar com certas situações, também trazendo um senso de pertencimento quando você se reconhece em determinado grupo.
Pensando nisso, que tal continuar sua leitura conferindo 6 influenciadores 60+ que fazem sucesso nas redes sociais? No post, você vai encontrar pessoas que criaram comunidades incríveis com seus seguidores ao compartilhar o dia a dia na terceira idade. Te esperamos lá!