Dinheiro, de maneira geral, é um assunto delicado: a maior parte das pessoas não gosta de tocar no assunto, e esse afastamento pode acabar levando a dificuldades e até dívidas.
A educação financeira é essencial para ajudar a quebrar esse tabu que é falar sobre as finanças. Neste post, você confere como montar orçamento familiar com a ajuda dos princípios que ela aborda. Continue a leitura e não perca!
Educação financeira é o nome dado ao conjunto de princípios e práticas que têm como objetivo tornar possível que as pessoas tenham total controle sobre seu dinheiro, podendo traçar planos que se encaixem em sua realidade.
E, caso você esteja pensando que já passou da idade para aprender sobre o assunto, lembre-se de que nunca é tarde para adotar os princípios da educação financeira.
De maneira geral, a educação financeira é dividida em dois pilares simples e importantes: a organização e o planejamento.
O primeiro diz respeito à etapa de reorganização financeira, que é quando você vai analisar de perto as suas finanças a fim de identificar pontos fortes e fracos e, a partir daí, partir para o planejamento.
Na etapa de planejamento, você listará todas suas obrigações e metas e, de acordo com a prioridade de cada uma, determinará um orçamento.
Ter um orçamento é essencial para quem quer fugir das dívidas de uma vez por todas – isso porque é ele quem vai determinar qual o seu limite de gastos por mês, além de mostrar quanto está disponível para ser direcionado a cada despesa e objetivo.
O orçamento pode ser pessoal ou familiar, de acordo com a lógica de funcionamento de cada família. O mais comum é que cada membro da família contribua com a sua renda e assuma responsabilidades de acordo com a contribuição.
Outro ponto importante de ter um orçamento familiar é alinhar as expectativas. Ao determinar qual é a contribuição de cada um e com quais despesas ele se compromete, é mais difícil que as pessoas se ressintam umas das outras: o orçamento deixa bem claro qual é a responsabilidade de cada um.
Claro, o orçamento não é escrito em pedra, e há momentos em que ajustes serão necessários, assim como uma eventual contribuição maior de uma pessoa para cobrir a falta de outra. O ponto importante é que o orçamento familiar dá um direcionamento, de modo que todos saibam quais são os objetivos e o que precisam fazer para atingi-los.
Montar seu orçamento familiar pode ser trabalhoso, mas é uma tarefa simples. Seguindo o passo a passo abaixo, temos certeza de que você estará no caminho certo para um ótimo planejamento! Vamos lá?
A primeira etapa para a construção de um orçamento familiar de sucesso é olhar para suas finanças de perto. Antes de traçar planos, é necessário saber qual a sua situação financeira agora, como se fosse uma foto deste momento.
Para isso, é essencial fazer um levantamento detalhado de todas as suas despesas, sejam elas fixas, como aluguéis, parcelas de financiamentos ou mensalidades, ou variáveis, como contas de luz, gastos com medicamentos e outros.
A parte das despesas variáveis exige certo cuidado: você deve identificar o que é recorrente, como contas de consumo (luz, água, gás, telefone), e o que é sazonal, como despesas com festas de fim de ano ou aniversários. Em seguida, faça o cálculo de uma média de cada uma dessas despesas, considerando pelo menos 3 meses. Assim, você garante que o seu orçamento será verdadeiramente representativo da sua realidade.
E, é claro, se houver dívidas, lembre-se de incluí-las também: valor total da dívida, além de valor da parcela e prazo para pagamento, caso já tenha havido negociação.
A montagem do orçamento familiar depende de um levantamento adequado de todas as fontes de renda da família:
Faça a soma de tudo que entra de dinheiro mensalmente e, caso haja alguma fonte de renda variável – trabalhos autônomos, por exemplo –, lembre-se de considerar a média de pelo menos 3 meses para o cálculo. Este será o valor total disponível para arcar com as despesas e metas da família.
Depois de ter levantado todas as despesas e identificado as fontes de renda disponíveis, o próximo passo na montagem do seu orçamento é definir quanto de recurso vai para cada categoria. A divisão de categorias depende de cada família, mas, de maneira geral, podemos determinar o seguinte:
Assim, ao analisar quais são as suas despesas, separe-as em categorias que façam sentido para a sua família. Em seguida, veja quanto dinheiro tem sido gasto com cada uma delas e, então, estabeleça um limite.
O limite não pode ser muito alto, pois as despesas devem caber confortavelmente dentro do teto estipulado, além de sobrar um dinheiro para direcionar a metas e sonhos; e também não pode ser muito baixo, pois você já sabe a média dos seus gastos. Assim, busque estabelecer um limite que incentive a família a economizar, pensando antes de cada compra em vez de gastar apenas com o lado emocional.
A reserva de emergência é parte essencial de qualquer orçamento familiar: é a ela que a família recorre quando encontra algum imprevisto, como uma demissão inesperada ou um novo problema de saúde.
Por isso, certifique-se de que uma das suas metas seja a criação de uma reserva de emergência. Você pode estabelecer uma porcentagem da renda a ser direcionada para lá, ou também um valor fixo, como R$ 400 por mês – o importante é começar a investir na montagem dela e, caso precise usar dinheiro de lá, repor nos próximos meses.
Os CDBs de liquidez diária são opções excelentes para as reservas de emergência, porque são superseguros e permitem que o investidor tenha acesso imediato aos recursos, o que é essencial em caso de imprevistos.
O monitoramento e os ajustes no orçamento familiar devem ser feitos constantemente. A frequência exata pode ser definida de modo a se encaixar na rotina da família, mas pelo menos uma vez por mês vocês devem reservar um tempo para analisar como andam as despesas e se tudo está indo de acordo com o planejado.
Caso identifiquem problemas, não hesitem em ajustar o orçamento: ele deve ser moldado à realidade de cada um e, por isso, pode levar um tempinho para que vocês cheguem às divisões ideais.
A educação financeira é muito mais bem-sucedida quanto pode contar com a comunicação entre as pessoas envolvidas. Assim, garanta que toda a família participe da montagem e do acompanhamento do orçamento, sem poupar cônjuges ou filhos.
É comum pensar que organizar o lar seja obrigação da mulher, enquanto cuidar do dinheiro costuma ser tarefa do homem, mas cuidado: pensar dessa forma é extremamente prejudicial. Ao fazer isso, as pessoas privam umas às outras do conhecimento sobre algo que diz respeito a todas elas, que é o patrimônio da família.
Além do mais, contar com o envolvimento de toda a família faz com que seja mais fácil se ater ao orçamento: a tarefa cria em cada um o senso de responsabilidade, além de tornar mais fácil a divisão e o controle das despesas, com um incentivando o outro.
Entendeu como montar o orçamento familiar é importante? Esperamos que com o nosso passo a passo você e sua família possam traçar o planejamento ideal, dando conta de todas as despesas, mas sem deixar de incluir os sonhos também.
Cuidar das finanças é uma tarefa trabalhosa e, por isso, contar com ajuda para a organização é sempre uma boa ideia. Que tal continuar sua leitura conferindo 4 aplicativos para a sua educação financeira? Te esperamos lá!