Nos últimos anos, aposentados e pensionistas foram surpreendidos por descontos indevidos em seus benefícios, afetando milhares de pessoas em todo o país. Segundo estimativas, mais de 1,5 milhão de segurados podem ter sido prejudicados por cobranças sem autorização, com valores variando entre R$ 20 e R$ 50 por mês.
Após uma série de denúncias e investigações, o governo federal e o INSS anunciaram medidas para corrigir essas cobranças e iniciar os reembolsos ainda em 2025. O objetivo é garantir que todos os valores sejam restituídos, sem necessidade de ações judiciais.
Continue conosco nesta leitura e saiba tudo sobre o início das devoluções e os detalhes sobre os impactos dos descontos indevidos para o país e os beneficiários do INSS.
As devoluções começam na folha de pagamento de julho de 2025 e, segundo Gilberto Pereira, presidente do INSS, o ressarcimento será realizado inicialmente para aqueles que já contestaram os débitos e cujas associações responsáveis devolveram os valores diretamente ao instituto. Essa primeira etapa busca priorizar quem teve prejuízo comprovado e agilizar o repasse dos valores diretamente na conta dos beneficiários.
O governo também trabalha para que todas as devoluções sejam concluídas até o final de 2025, conforme reforçou o Ministro da Previdência, Wolney Queiroz.
Para viabilizar esse prazo, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) medidas que permitam que o dinheiro seja ressarcido sem necessidade de processos judiciais individuais. Além disso, há a possibilidade de um crédito extraordinário, garantindo que nenhum segurado fique sem o valor devido.
A prioridade será para aposentados e pensionistas que tiveram descontos não autorizados identificados pelo próprio INSS ou que formalizaram contestação junto ao instituto. Depois, o ressarcimento se estenderá a outros segurados que verificarem irregularidades e solicitarem a devolução.
Os valores serão depositados diretamente na conta onde os segurados recebem seus benefícios. Caso o aposentado ou pensionista tenha mudado de conta bancária, é recomendado atualizar os dados junto ao INSS para evitar problemas na devolução.
Além disso, o instituto seguirá um fluxo específico: primeiro, notifica a entidade responsável pelo desconto indevido, que tem um prazo de 15 dias úteis para apresentar justificativa. Se não houver comprovação da legalidade da cobrança, o valor é devolvido ao INSS e, em seguida, ao beneficiário.
Os descontos indevidos vêm gerando preocupação tanto entre os beneficiários do INSS quanto dentro do próprio governo. Embora muitos dos valores cobrados irregularmente pareçam pequenos à primeira vista – com médias que giram em torno de R$ 48 e casos frequentes entre R$ 20 e R$ 24 – o volume total de pessoas afetadas transforma essas cifras em um impacto significativo.
Com milhares de aposentados e pensionistas prejudicados, a estimativa inicial aponta que o montante envolvido pode ultrapassar R$ 1 bilhão, e esse número pode crescer à medida que mais segurados revisam seus extratos e contestam os débitos.
Para evitar que a situação se prolongue, o governo avalia estratégias que incluem a liberação de crédito extraordinário, garantindo que os reembolsos ocorram de forma ágil e sem entraves burocráticos.
Quem identificar descontos indevidos pode solicitar a devolução diretamente pela plataforma Meu INSS. Outra alternativa é buscar atendimento em uma agência dos Correios ou pelo telefone 135.
O processo funciona da seguinte maneira:
Para evitar problemas futuros, aposentados e pensionistas devem acompanhar regularmente seus extratos e desconfiar de qualquer desconto não autorizado.
O ressarcimento dos descontos indevidos representa um avanço importante na proteção dos aposentados e pensionistas do INSS. Ainda que o processo esteja em andamento, é essencial que os beneficiários fiquem atentos aos valores descontados e saibam como contestar eventuais cobranças irregulares.
Além de monitorar seus extratos, outra forma de garantir mais segurança financeira na aposentadoria é buscar alternativas para economizar no dia a dia.
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