A depressão em idosos, também conhecida como depressão geriátrica, atinge milhares de brasileiros e pode ser silenciosa, já que muitas vezes o próprio idoso e os familiares naturalizam os sintomas como se fossem normais da idade.
Embora o contexto do envelhecimento contribua para a depressão, é importante estar atento aos sinais de um quadro depressivo e não desvalorizar o que o idoso sente, buscando tratamento quando necessário.
Para saber mais sobre a depressão em idosos, quais são seus sintomas e como tratar, continue conosco nesta leitura!
A depressão é um transtorno de saúde mental bastante sério, incluído no Cadastro Internacional de Doenças (CID) e, portanto, passível de diagnóstico e tratamento. De caráter crônico e recorrente, essa doença produz alterações significativas de humor, especialmente quadros de tristeza profunda e desesperança generalizada.
Os casos de depressão geriátrica são os que acometem pessoas na terceira idade, a partir dos 60 anos, e que carregam especificidades próprias do contexto social e de saúde desse público – logo, devem ser tratados com viés adequado às suas singularidades.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, realizada no ano de 2019, os idosos lideram o ranking dos brasileiros mais afetados pela depressão, atingindo cerca de 13% da população entre 60 e 64 anos.
Esses números podem ser explicados por inúmeras razões que tornam a depressão prevalente na terceira idade, incluindo:
Além disso, é importante ressaltar que a depressão em idosos pode ser um sintoma percursor de outras doenças comuns nessa fase da vida, como o Parkinson e o Alzheimer.
A princípio, os sintomas da depressão estão fortemente ligados à presença de uma tristeza profunda, associada a amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima, culpa, dentre outros sentimentos e emoções aproximados.
Entretanto, é importante que a depressão seja distinguida da tristeza transitória, comum a todas as pessoas em contextos de dificuldades específicas, como a perda de um familiar.
Por isso, é essencial que, na presença de sintomas que podem ser associados à depressão, uma opinião médica seja consultada, para que o diagnóstico seja feito corretamente.
Para estar atento, alguns sintomas comuns da depressão na terceira idade são:
Infelizmente, a depressão é um transtorno que está cada vez mais comum, especialmente em idosos. Mas a boa notícia é que constantemente surgem novas possibilidades de tratamento, incluindo medicamentos, terapias e hábitos. Conheça, a seguir, alguns caminhos para tratar a depressão geriátrica.
É bastante comum que, quando os sintomas são de humor e psicológicos, eles sejam desvalorizados e diminuídos, e isso pode ser bastante perigoso, pois o quadro depressivo pode se agravar ao longo do tempo sem tratamento.
Por isso, não descarte buscar ajuda médica caso perceba os sinais que elencamos acima. Quaisquer mudanças de humor que estejam muito fora do comportamento normal do idoso merecem atenção.
É possível ir, primeiramente, a um geriatra, que vai analisar todo o contexto de saúde da pessoa para, caso necessário, direcionar a um especialista – no caso, um psiquiatra. Este profissional, por sua vez, poderá fazer um diagnóstico mais preciso e indicar terapias, dietas, atividades ou mesmo remédios apropriados para o caso.
É de extrema importância nunca deixar de retornar às consultas com o profissional de saúde, até que este declare alta. Parar de tomar medicamentos psicotrópicos sem acompanhamento pode ser bastante perigoso, agravando ainda mais a depressão e trazendo outros problemas.
Portanto, mesmo que se sinta temporariamente melhor, volte ao médico para que ele analise a melhor estratégia para retirar o medicamento aos poucos, é o que popularmente chamamos de desmame.
O próprio médico pode indicar tratamento com psicólogo, mas você também pode buscar o auxílio deste profissional por conta própria em qualquer momento da vida. O caminho pode ser, inclusive, o oposto: quando o psicólogo recomenda buscar um psiquiatra.
Os benefícios das sessões com profissional de psicologia são amplamente atestados e podem ser especialmente benéficos para os idosos, que muitas vezes se sentem mais solitários e não encontram maneira de expressar suas emoções e descontentamentos.
A psicoterapia pode ser considerada um importante aliado do autocuidado na terceira idade, proporcionando autoconhecimento, alívio dos sintomas da depressão e melhora geral no bem-estar.
O estilo de vida pode influenciar muito a piora ou melhora de um quadro depressivo, e isso serve para pessoas em qualquer idade, mas, para os idosos, alguns hábitos acabam sendo deixados para trás por conta de diversos fatores, e isso pode agravar a situação.
É o caso da prática de exercícios, que provadamente melhora a saúde física e mental de qualquer pessoa. E, embora os idosos possam ter limitações motoras e de saúde, há muitos tipos de atividades que podem ser recomendadas, como alongamento, natação, musculação e outras práticas esportivas. Com certeza é possível encontrar alguma opção que se adapte ao idoso.
Outra questão para se atentar é ter uma boa alimentação ao envelhecer, porque muitas vezes os idosos com depressão deixam de consumir nutrientes essenciais por falta de apetite ou ânimo, e alguns nutrientes são bem importantes no combate à depressão, com as vitaminas do complexo B, a vitamina D, o triptofano, entre muitos outros.
Por fim, investir em práticas que estimulem a autoestima na terceira idade também é de suma importância, incluindo fortalecer vínculos com familiares e amigos, cuidar da higiene e da aparência, ter atividades e responsabilidades diárias e principalmente diminuir a autocobrança. Afinal, os idosos merecem colher os frutos de uma vida longa de trabalho curtindo a aposentadoria da melhor maneira possível.
Gostou de conhecer os sintomas e tratamentos da depressão em idosos? Aqui no blog do PB Consignado você encontra diversos conteúdos para estimular o bem-estar na terceira idade.
Que tal ler nosso artigo sobre os benefícios de voltar a estudar na terceira idade? Nos vemos por lá!