Entenda como os acontecimentos de 2022 influenciaram o seu bolso

Entenda como os acontecimentos de 2022 influenciaram o seu bolso

2022 foi um ano cheio de acontecimentos importantes, dentro e fora do país. Quer entender como isso afeta o seu bolso? Leia neste artigo!
7.2.2023
11 minutos
Entenda como os acontecimentos de 2022 influenciaram o seu bolso

O ano de 2022 foi repleto de acontecimentos importantes que influenciaram direta e indiretamente os bolsos dos brasileiros. Desde os vários aumentos da Taxa Selic até a guerra entre Rússia e Ucrânia, pudemos sentir os reflexos desse ano tão conturbado diretamente na economia do país e nas nossas finanças pessoais.

Como as mudanças em âmbito nacional e global nos influenciam tanto, é sempre importante compreender o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Para te ajudar com isso, fizemos uma lista com os principais acontecimentos de 2022 e como eles afetaram o seu bolso. Veja a seguir!

1. Aumento nos preços e na Taxa Selic

Seguindo a toada dos últimos anos, muito influenciados pela pandemia de convid-19 e pela crise político-econômica do país, 2022 foi um ano em que a inflação não deixou barato para os brasileiros.

Para você ter uma ideia, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – principal medidor inflacionário em relação à variação dos preços de bens de consumo do país – chegou a ter em março o maior valor desde 1994, batendo 1,62%.

Isso se refletiu diretamente nos preços de praticamente todas as categorias de produtos. Mas os aumentos foram mais sentidos pelo consumidor nos valores dos alimentos e dos combustíveis.

Itens da cesta básica, como leite, macarrão e algumas frutas chegaram a aumentar mais de 30%. E os combustíveis subiram exponencialmente até o meio do ano. A gasolina chegou a ter 3 reajustes entre janeiro e junho, e o diesel chegou a ser reajustado 4 vezes no mesmo período.

A partir de julho, os preços dos combustíveis passaram a cair devido à baixa dos preços do petróleo internacionalmente e às políticas de limitação de cobrança do ICMS desses produtos.

Como essa categoria tem grande influência nos índices de inflação, por algum tempo o Brasil chegou até mesmo a ter inflação negativa, o que chamamos de deflação.

No entanto, a queda dos combustíveis não é suficiente para barrar o aumento nos preços de outros produtos, como o alimento, que acaba atingindo muito mais o bolso dos cidadãos. Por isso, a partir de outubro os preços voltaram a subir.

Nesses casos, é importante analisar os preços durante um período mais longo para ter uma ideia melhor do quadro geral da inflação. Um exemplo disso é justamente relacionado aos combustíveis, que, embora tenham caído 8,4% em 2022, tiveram aumento acumulado em mais de 40% durante os 4 anos do último governo.

Com os preços em alta, também tivemos aumentos reiterados na Taxa Selic, a taxa básica de juros do país. Isso porque, quando a inflação está alta, é comum que se aumente a Taxa Selic para diminuir a demanda por produtos e serviços, evitando que eles subam ainda mais.

A fim de controlar a inflação, a Selic teve 12 aumentos desde 2020. Em março de 2021, por exemplo, ela estava em 2%, mas, ao fim de 2022, chegou a 13,75%, o que ainda se mantém no momento da publicação deste artigo, em fevereiro de 2023.

O aumento dessa taxa pode ser uma faca de dois gumes: para quem está pagando algum financiamento ou empréstimo, os valores ficaram mais pesados. Mas quem conseguiu fazer algum investimento em renda fixa acabou saindo na vantagem.

2. Valorização da renda fixa

Muito por conta do aumento da taxa Selic, em 2022 a renda fixa ganhou um novo fôlego. Esse tipo de investimento é considerado conservador, ou seja, apresenta baixo risco para os investidores.

A rentabilidade deles é atrelada a indicadores econômicos como a própria Selic e, como essa taxa atingiu 2% em agosto de 2020 – seu menor valor histórico –, muitos especialistas já consideravam a renda fixa praticamente morta.

Mas você pode imaginar que, com o aumento exponencial da Selic, que chegou a 13,75%, os investimentos dessa modalidade voltaram a ser considerados muito atrativos.

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e o Tesouro Direto são exemplos de investimento em renda fixa. E este último chegou a atingir a incrível marca de 2 milhões de brasileiros com dinheiro investido em 2022.

3. Guerra entre Rússia e Ucrânia

Outro acontecimento que desestabilizou o mundo em 2022, política e economicamente, foi a guerra declarada pela Rússia à Ucrânia, que foi invadida em fevereiro.

Como vivemos em uma economia bastante globalizada, não dá para sair ileso de conflitos com tal proporção. Afinal, essa guerra ainda está ativa no momento em que escrevemos este artigo.

Esse conflito influencia, dentre outros fatores, o aumento dos preços do macarrão e dos combustíveis aqui no Brasil, citados mais acima. Isso ocorre porque a Rússia é grande produtora de petróleo e também de trigo – sendo que este último também é produzido em escala de importação pela Ucrânia.

Portanto, enquanto a guerra estiver acontecendo, é bastante provável que continuemos sentindo no bolso os seus reflexos.

4. Aumento temporário do Auxílio Brasil

Em 2022 também ouvimos falar muito sobre o Auxílio Brasil. Esse programa social do governo federal foi criado em 2021, a fim de substituir o Bolsa Família, e, desde então, gerou bastante confusão em relação a quem tinha direito e qual era o valor do benefício.

Em 2022, em meio às disputas eleitorais presidenciais, o Auxílio Brasil passou a pagar R$ 600,00 a seus beneficiários, além de ter sido aprovado um vale de R$ 1.000,00 aos taxistas e caminhoneiros. Mas a boa novidade durou pouco, já que o aumento do benefício foi apenas temporário, valendo até dezembro de 2022.

Para 2023, com a mudança de presidente, o Auxílio Brasil não existirá mais e o Bolsa Família foi reativado. Beneficiários do programa já receberam a primeira parcela em janeiro. E o valor determinado ficou em R$ 600,00 por família, com um adicional de R$ 150,00 por criança de até 6 anos de idade.

A fim de acabar com as fraudes aos programas sociais – em que pessoas que não têm direito ao benefício acabam conseguindo recebê-lo –, o governo federal está fazendo ajustes no CadÚnico, o cadastro obrigatório com os dados das famílias de baixa renda que são aptas a receber o auxílio.

5. Saque extraordinário do FGTS

Após o saque emergencial do FGTS de 2020, que visava atenuar os efeitos da pandemia de covid-19, em 2022 houve uma nova leva de saques extraordinários. De abril até dezembro, os trabalhadores com saldo no fundo de garantia puderam sacar até R$ 1.000,00 das contas ativas e inativas.

Dessa vez, a proposta era reduzir o comprometimento da renda e o endividamento dos brasileiros, além de impulsionar a economia, que ainda estava bastante fragilizada, como pudermos ver em tópicos anteriores.

O que esperar em 2023

Levando em consideração todas as reviravoltas ocorridas nos últimos anos, incluindo em 2022, o que temos para 2023 são apenas projeções. No entanto, o cenário instável pode colocar abaixo até mesmo as previsões de especialistas no campo econômico.

Podemos esperar que a inflação e os reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia ainda sejam bastante expressivos no Brasil e no mundo – o que desperta a atenção, inclusive, para a possiblidade de uma recessão econômica global.

Já em relação ao Brasil, economistas têm previsto o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), mas moderadamente. Além disso, a projeção da inflação até então está em cerca de 5% e a Selic pode cair um pouco, chegando a 11,75%.

A recomendação geral é, portanto, de cautela. Embora grandes mudanças estejam acontecendo neste ano, com a chegada de um novo presidente e sua equipe, a crise dos últimos anos ainda vai ressoar em 2023.

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