Atualmente, o Brasil tem mais de 23 milhões de aposentados pelo INSS, entretanto, se antigamente a aposentadoria representava o início de um período de descanso merecido para a maior parte das pessoas, hoje em dia cada vez mais aposentados têm voltado a trabalhar.

Entenda, neste artigo, o que está motivando esse público a retornar ao mercado de trabalho!

Aposentados podem voltar a trabalhar?

Antes de tratarmos sobre os motivos que levam cada vez mais aposentados a voltarem ao mercado de trabalho, você pode estar se perguntando se quem se aposenta pelo INSS pode voltar a trabalhar.

E a resposta é sim. Esse público pode tanto continuar trabalhando após a aposentadoria quanto voltar aos postos de emprego após um tempo já estando aposentado. Isso inclui aposentados que trabalham com carteira assinada, que prestam concursos públicos ou que até se arriscam a empreender, criando seus próprios negócios.

Entretanto, é importante estar atento caso haja regras específicas relacionadas ao tipo de aposentadoria e o trabalho que a pessoa vai passar a desempenhar.

Por exemplo, quem tem aposentadoria especial por ter trabalhado em contextos de risco, não pode voltar a exercer esse tipo de atividade após se aposentar.

E quem tem aposentadoria por incapacidade permanente não pode retornar ao trabalho e continuar recebendo o benefício, uma vez que ele é concedido justamente para pessoas que não têm mais condição de trabalhar.

O que leva os aposentados de volta ao mercado de trabalho?

Muitas pessoas com mais de 60 anos têm chegado à aposentadoria com muita saúde, energia e vontade de continuar trabalhando. Não à toa, cresce bastante o número de brasileiros em busca das profissões ideias para a melhor idade.

No entanto, infelizmente a razão principal para o retorno dos aposentados ao mercado de trabalho atualmente tem sido a necessidade de continuar provendo e apoiando financeiramente a família ou, ainda, para cobrir seus próprios gastos nos muitos casos em que o valor da aposentadoria não é suficiente.

Ou seja, passou a ser um caso de sobrevivência, ainda mais se considerarmos que na terceira idade é comum haver muitos gastos extras com saúde, levando os aposentados a buscar ao máximo economizar com medicamentos e consultas médicas.

Embora seja uma pauta constante do poder público, o valor da aposentadoria não tem acompanhado os gastos dos aposentados e a defasagem do benefício é grande. Segundo o Boletim Estatístico da Previdência Social, de 2024, a média das aposentadorias urbanas é de pouco mais de R$ 1.800, enquanto as aposentadorias rurais têm valor médio aproximado de R$ 1.400.

Não é preciso muita matemática para entender que as contas não fecham para grande parte dos aposentados, que se veem diante da necessidade de voltar ao mercado de trabalho, seja em trabalhos formais ou informais, procurando uma maneira de compor a renda necessária para uma vida digna.

Nesse sentido, organizações que apoiam a luta por direitos de trabalhadores e aposentados, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), afirmam que, primeiramente, é necessário garantir que o direito à aposentadoria se mantenha, porque é um benefício cada vez mais ameaçado em nosso país.

Concomitantemente, as reivindicações por aposentadorias com valor mais significativo, suficiente para prover as necessidades primordiais dos beneficiários, também não podem ser deixadas de lado, para que os aposentados tenham a possibilidade de reajustes maiores que apenas o aumento do INSS anualmente em janeiro.

 

Nesse cenário, a quantidade de aposentados idosos que precisam voltar a trabalhar parece estar fadada a aumentar, mas é importante lembrar que esse público pode e deve utilizar todos os direitos que já estão garantidos. Alguns deles são:

• Carteira do Idoso;
• opções de transporte gratuito;
• remédios gratuitos e com descontos.

Além disso, os aposentados do INSS ainda podem contar com empréstimos consignados em caso de aperto financeiro, já que são um dos públicos que podem contratar essa modalidade de crédito que é a mais barata e segura do país.

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