Alzheimer: uma doença comum em idosos – como diagnosticar e quais os principais sintomas?

Alzheimer: uma doença comum em idosos – como diagnosticar e quais os principais sintomas?

O Alzheimer é uma doença que traz muito receio. Confira no post o guia rápido com os principais sintomas e como diagnosticar.
25.7.2024
11 minutos
Alzheimer: uma doença comum em idosos – como diagnosticar e quais os principais sintomas?

Chegar à terceira idade com saúde é o objetivo principal de muitos dos brasileiros e brasileiras – afinal, ter uma boa saúde é essencial para aproveitar essa etapa da vida sem grandes imprevistos e riscos sérios.

No entanto, sabemos que algumas doenças são mais comuns a esse público, como é o caso do Alzheimer.

Pensando nisso, elaboramos este post como um guia prático sobre a doença, em que vamos abordar quais os principais sintomas, como diagnosticar Alzheimer e como ele afeta os idosos. Acompanhe!

O que é Alzheimer?

O Alzheimer é um transtorno neurogenerativo progressivo, isto é, uma doença que acomete o cérebro de maneira progressiva, afetando seu funcionamento.

É o tipo mais comum de demência e, em seus estágios iniciais, pode apresentar sintomas muito leves, mas que vão se desenvolvendo com o passar do tempo. O progresso da doença é variável de pessoa para pessoa e há tratamentos para os sintomas, mesmo que não haja uma cura para o transtorno.

Quais os principais sintomas?

Os principais sintomas do Alzheimer são:

  • perda de memória, principalmente a recente: cumprimentar a mesma pessoa mais de uma vez, por exemplo, porque não se lembra de já ter feito isso antes;
  • dificuldade em realizar tarefas que antes eram fáceis e rotineiras: ter problemas ao fazer a lista de compras ou se lembrar de uma receita de família;
  • dificuldade em resolução de problemas: se concentrar fica mais difícil e a pessoa pode levar mais tempo para fazer a mesma atividade;
  • afastamento do paciente de amigos e família: dificuldade de manter uma conversa, o que acarreta o isolamento;
  • mudança no humor e na personalidade: confusão, desconfiança, medo, ansiedade e depressão frequentemente acompanham o Alzheimer;
  • confusão em relação ao tempo e espaço: o paciente pode apresentar dificuldade em entender algo que não acontece no momento, perdendo a noção de passagem de tempo, estações e datas, além de poder se esquecer de onde está e como chegou ali;
  • alterações visuais, com problemas para entender imagens: isso pode tornar o equilíbrio e atividades como leitura mais difíceis, além de dirigir ser mais perigoso;
  • perda de objetos e não conseguir se lembrar de onde os colocou: pacientes com demência podem guardar suas coisas em lugares incomuns, sendo incapazes de refazer os passos para se lembrar de onde colocaram – além disso, conforme a doença avança, é comum que acusem terceiros de roubo;
  • perda de vocabulário e dificuldade na fala e escrita: a pessoa pode parar no meio de uma frase sem ter ideia do que estava falando ou como continuar o pensamento, além de se repetir – outro sintoma é ter dificuldade de lembrar o nome de objetos comuns ou chamá-los do modo errado, como “panela achatada” em vez de “frigideira”.

Como diagnosticar Alzheimer?

Alguns dos sintomas do Alzheimer também são percebidos com o avançar da idade, mesmo em pessoas saudáveis – como a perda de memória.

Por isso, é essencial contar com um diagnóstico médico, pois o profissional será capaz de identificar se os sintomas percebidos estão fora do normal para a idade e se caracterizam demência.

Entretanto, não há um exame específico que detecte a doença, como é o caso de uma radiografia para um osso fraturado. Por isso, a avaliação médica é ampla, abordando:

  • histórico médico da família;
  • exames neurológicos e de sangue;
  • testes cognitivos para avaliar memória e raciocínio;
  • imagiologia cerebral (tomografias e ressonâncias magnéticas).

Um diagnóstico preciso durante os estágios iniciais da doença é bastante valioso, porque permite que o paciente tenha maior chance de se beneficiar dos tratamentos disponíveis.

Como mencionamos, não há uma cura para o Alzheimer, mas há tratamentos para os sintomas da demência e, quanto antes forem iniciados, melhores são os resultados obtidos.

Além disso, a qualidade de vida é maior, uma vez que o próprio paciente, assim como seus familiares e amigos, estarão preparados e receberão orientação sobre o andamento da doença.

Outro fator importante é a possibilidade de colaborar com estudos sobre a doença, participando de testes clínicos de novos tratamentos que, no futuro, ajudarão muitas outras pessoas.

Por fim, o diagnóstico precoce também possibilita que o paciente e a família planejem a sucessão patrimonial, organizando documentos e finanças com antecedência para minimizar imprevistos quando a doença já estiver mais avançada – a fase de inventário costuma demandar muito da família, que já está tendo que lidar com a perda do ente querido.

Quais os fatores de risco?

A doença de Alzheimer ainda é um assunto que precisa de muito estudo para ser entendido por completo. No entanto, sabemos que alguns fatores podem significar maior risco de desenvolvê-la. São eles:

  • idade: o Alzheimer costuma afetar pessoas acima de 65 anos – é estimado que apenas 5% dos casos da doença sejam em pessoas abaixo dessa idade;
  • histórico familiar de Alzheimer: fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida podem influenciar no desenvolvimento da doença, assim, quem tem parente de primeiro grau com Alzheimer apresenta maior chance de também desenvolvê-la;
  • doença cardiovascular: os estudos sugerem que a saúde do cérebro está diretamente ligada à saúde do coração e dos vasos sanguíneos, assim, doenças cardiovasculares e seus fatores de risco (fumo, obesidade, diabetes, colesterol alto, pressão alta) também aumentam as chances do desenvolvimento de Alzheimer;
  • traumatismo craniano: traumatismo craniano moderado ou grave, como uma pancada na cabeça que faz o paciente perder a consciência por mais de 30 minutos, são associados a maior risco de Alzheimer – em geral, esses traumas são causados por acidentes de trânsito ou vistos em atletas e lutadores, que recebem ferimentos na cabeça com frequência;
  • educação e atividade cerebral: embora não seja provado, cientistas acreditam que maior tempo de educação formal representa menor risco para Alzheimer, uma vez que o estímulo que os anos de estudo fazem ao cérebro ajuda a aumentar as conexões entre neurônios, o que permite que o cérebro use rotas alternativas de comunicação entre neurônios e tenha mais caminhos possíveis a percorrer caso mudanças relacionadas ao Alzheimer e outras demências aconteçam.

Vale ressaltar que, caso você ou um familiar se enquadrem em algum dos fatores de risco, isso não significa que o diagnóstico é certo – mesmo no caso de um parente de primeiro grau ser portador da doença.

O fator genético tem influência, mas não é determinante. Por isso, é importante observar os comportamentos e, caso um ou mais dos principais sintomas for identificado, buscar acompanhamento profissional o quanto antes.

Como o Alzheimer afeta os idosos?

Como vimos, a doença tem maior prevalência em pessoas acima de 65 anos, assim, os idosos são os mais afetados pelo Alzheimer.

De maneira geral, a pessoa com Alzheimer vai tendo uma evolução na gravidade dos sintomas conforme a doença vai avançando. Portanto, é comum começar com sintomas leves, como confusão de datas e perda de memória que parece inofensiva, apenas da idade.

Com o avançar da doença, os sintomas podem se agravar a ponto de a pessoa precisar de auxílio para tomar medicações nos horários corretos e até mesmo para se lembrar das necessidades básicas, como se alimentar, tomar banho e ir ao banheiro.

Nessa fase, é importante que o paciente esteja sempre acompanhado, seja de familiares, amigos ou cuidadores profissionais, para que suas necessidades sejam atendidas.

O Alzheimer é uma doença dinâmica, assim, é essencial observar o paciente em busca de novos sintomas ou comportamentos que podem colocá-lo em risco – ao cozinhar, por exemplo, ele pode esquecer o fogão ligado, ou sair de casa e se perder, sem lembrar o caminho para voltar.

 

Agora que você já entendeu quais são os principais sintomas, como diagnosticar Alzheimer e como ele afeta os idosos, que tal conferir os benefícios da atividade física na terceira idade? Manter-se ativo fisicamente é importante para que o cérebro continue funcionando como deveria, mas também há outras vantagens. Te esperamos lá!

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